De Volta ao Fashion Law
- Lucieli
- 7 de ago. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 25 de nov. de 2022

O Direito da Moda ou em inglês, Fashion Law, é o ramo do Direito que trata das relações entra a Moda e as legislações, todo o ordenamento jurídico que está envolvido na cadeia produtiva, da criação até a entrega ao consumidor final.
O Direito da Moda começou a ser evidenciado em 2010 com a fundação do Fashion Law Institute por Susan Scafidi contando com o apoio de Diane von Furstenberg.
No decorrer dos anos, a atenção e percepção necessária às questões jurídicas que envolviam o setor da moda deixaram evidente que o foco jurisdicional era extremamente importante por tratar principalmente de pessoas e o reflexo da moda na sociedade como um todo.
Eu conheci o Direito da Moda em 2011 quando estava morando em Istanbul, pois estava cercada de designers, fashion designers, pessoas ligadas à moda e ao marketing e assim, comecei a me interessar e a estudar o tema, observando as oportunidades que me eram apresentadas.
Depois de algumas consultorias na área e baseada no interesse que estas pessoas tinham no mercado brasileiro, procurei me aprofundar mais e estabelecer um network voltado para o mercado criativo em relação com o Brasil.
Naquele tempo, não tinha nada a respeito, nada relacionando o Direito à Moda, o que tínhamos era o Direito Contratual e da Propriedade Intelectual sem o recorte na Moda propriamente, sem contar que, as tecnologias que mencionamos hoje e que estão também ligadas à moda, nem sequer cogitavam essa conexão.
Porém, a minha relação com a Moda começou bem antes de tudo isso, em 2005, quando alguns meses depois de me formar em Direito, virei modelo e trabalhei durante cinco anos na indústria da moda e mesmo ja sendo advogada, jamais imaginava que este setor tinha um potencial incrível a ser contemplado com um olhar mais profundo do Direito.
O Direito da Moda evoluiu muito nestes últimos dez anos, o mercado juridico se desenvolveu absurdamente no tema e a nível Mundial, principalmente pela questão da responsabilidade ambiental, dos grandes negócios entre as marcas, da valorização da mão de obra e mais especificamente pela necessidade de mudança na sociedade de consumo e assim, chegamos agora ao ápice com o instituto da ESG, da Tecnologia e das M&A.
Depois de um hiato de alguns anos e envolvida em questões mais pessoais e em outras áreas do Direito, mas sem deixar de acompanhar e me atualizar sobre o tema do Fashion Law, eu resolvi voltar ao mercado e me dedicar a estes conceitos, Direito da Moda e ESG (ASG), principalmente agregando este último e que juntos são primordiais nas relações de negócios e de trabalho se quisermos uma mudança efetiva e cultural em nossa sociedade e que contemple as gerações futuras ainda em tempo, pois como eu digo e penso, a urgência da mudança cultural em relação ao meio ambiente faz com que despertamos a nossa consciência e utilizamos os mecanismos individuais e conhecimentos adquiridos que tenhamos em mãos, participando desta mudança coletiva necessária.

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